Vice-Presidente da F.P.Judô José Jantália participa das comemorações do 85º Aniversário da Revolução Constitucionalista

Em 09 de julho foi comemorado em São Paulo o 85º Aniversário da Revolução Constitucionalista. O Vice-Presidente da F.P.Judô, José Jantália, um profundo conhecedor da história da Revolução Constitucionalista de 1932, participou das solenidades realizadas no dia 07 de julho no Obelisco do Ibirapuera, com a Sociedade Veteranos de 1932, e no dia 09 de julho, data do aniversário da Revolução Constitucionalista,  no desfile realizado no Ibirapuera e mais tarde, na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde foi realizado uma solenidade marcando assim o 85º Aniversário da Revolução Constitucionalista.

“Quando perguntamos o que significa 9 de Julho e ouvimos “um corredor de ônibus”, ou quando indagamos o que é para o Brasil a data 23 de Maio, e a resposta é “uma avenida”, é preocupante. O nosso papel é continuar perseverando: é preciso ter paciência e persistir pois, apesar de haver em galopante crescimento um processo de desinformação da população e consequente fomento da ignorância geral, existem muitos que aproveitam positivamente o que se ensina. E há uma multidão que diariamente está preservando a história seja do esporte, da nossa cidade, das coisas importantes do nosso Estado, do Brasil ou então do mundo. Nos dojôs, nas salas de aula, até na Internet a cultura ainda é difundida. E as ruas também são utilizadas neste sentido”, informou o Vice-Presidente José Jantália em seu perfil em uma rede social.

A Revolução Constitucionalista de 1932

Revolução Constitucionalista de 1932, também conhecida como Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no estado de São Paulo, entre julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.

O levante começou de fato em 9 de julho de 1932 e foi precipitado após a morte de quatro estudantes por tropas getulistas em 23 de maio de 1932 durante um protesto contra o Governo Federal. Após a morte desses jovens, foi organizado um movimento clandestino denominado MMDC (iniciais dos nomes dos quatro estudantes mortos: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) que começou a conspirar contra o governo provisório de Getúlio Vargas, articulando junto com outros movimentos políticos uma revolta substancial. Houve também uma quinta vítima, o estudante Orlando de Oliveira Alvarenga, que também foi baleado naquele dia no mesmo local, mas veio a falecer meses depois. Nos meses precedentes ao movimento, o ressentimento contra o presidente Getúlio Vargas ganhava força indicando uma possível revolta armada e o governo provisório passou a especular a hipótese de o objetivo dos revoltosos ser a secessão de São Paulo do Brasil. No entanto, o argumento separatista jamais foi comprovado fidedigno, porém, ainda assim esse argumento foi utilizado na propaganda do governo provisório ao longo do conflito para instigar a opinião pública do restante do país contra os paulistas, obter voluntários na ofensiva contra as tropas constitucionalistas e ganhar aliados políticos nos demais Estados contra o movimento de São Paulo.

Atualmente, o dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do Estado de São Paulo e feriado Estadual. Os paulistas consideram a Revolução Constitucionalista como sendo o maior movimento cívico de sua história. A lei 12.430, de 20 de junho de 2011, inscreveu os nomes de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo heróis paulistas da Revolução Constitucionalista de 1932, no Livro dos Heróis da Pátria. No total, foram 87 dias de combates (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932 – sendo os últimos dois dias depois da rendição paulista), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais, reportem até 2.200 mortos, sendo que numerosas cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido aos combates. Apesar da derrota militar do movimento, algumas de suas principais reivindicações foram obtidas posteriormente, por exemplo, com a nomeação de um interventor civil e paulista, a convocação de uma Assembleia Constituinte e a promulgação de uma nova Constituição em 1934. No entanto, essa Constituição teve curta duração, pois em 1937 Getúlio Vargas fechou o Congresso Nacional, cassou a Constituição vigente e outorgou uma nova Constituição, justificando tais medidas a um suposto extremismo de movimentos políticos da época. Assim, a partir de então, foi estabelecido o regime ditatorial conhecido como Estado Novo que perdurou até 1945 após Vargas ser deposto por um grupo militar composto por generais antigos aliados.

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