Paulista Alana Maldonado fatura ouro inédito no Mundial de Judô Paralímpico, em Lisboa

A paulista Alana Maldonado conquistou na tarde deste sábado, 17, a primeira medalha de ouro do Brasil na história do Campeonato Mundial de Judô Paralímpico, para atletas com deficiência visual. Em Lisboa, Portugal, a brasileira venceu todos os seus combates e subiu ao lugar mais alto do pódio na categoria até 70kg feminina. Medalhista de prata nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, Alana consolida-se ainda no topo do ranking mundial de sua divisão. A competição se encerrou no domingo, 18, com as disputas por equipes. O Brasil foi representado por uma delegação com 15 atletas.

Como cabeça de chave da sua categoria, Alana folgou na primeira fase e estreou nas quartas de final, com vitória sobre Zulfiyya Huseynova, do Azerbaijão. Em seguida, pela semifinal, teve pela frente a croata Lucija Breskovic, a quem superou por ippon, com 1min51 de combate. Na luta que lhe rendeu a medalha de ouro, a rival foi a uzbeque Vasila Aliboeva. A adversária chegou a estar à frente em punições, mas foi imobilizada pela brasileira a 28 segundos do fim do duelo.

“Primeiramente, tenho de agradecer. Ainda não consigo acreditar, pois foi um ano muito difícil para mim. Tive um período muito complicado por causa da minha lesão no joelho esquerdo. Mas, com muita garra, pude conquistar os meus objetivos. Confiei em Deus até o fim e consegui mudar esta luta final. Já não tinha mais muitas forças, estava muito cansada, mas acreditei o tempo todo”, disse a judoca de 23 anos, nascida em Tupã, interior de São Paulo.

Alana descobriu aos 14 anos que tinha doença de Stargardt – patologia degenerativa que afeta a visão central, sobretudo em jovens, mas não prejudica a visão periférica do indivíduo. Como já praticava judô convencional desde os quatro anos, a paulista ingressou na sua versão adaptada ao entrar na faculdade.

A outra medalha do Brasil neste sábado veio com a paranaense Meg Emmerich. Ela chegou à semifinal da categoria acima de 70kg, mas foi superada pela sul-coreana Hayeong Park. Em seguida, voltou ao tatame e conquistou o bronze ao superar a sua compatriota Rebeca Silva, por ippon, após 1min41 de luta. Willians Araújo também teve a chance de subir ao pódio, mas foi superado no golden score por Ilham Zakiyev, do Azerbaijão, e ficou com o quinto lugar.

Brasil pega bronze no Feminino por equipes e fecha Mundial de Judô com medalha

O Brasil fechou a sua participação no Mundial Paralímpico de Judô com mais uma medalha. A equipe feminina brasileira ficou com o Bronze e faturou a terceira medalha do Brasil na competição.

Comandadas pelo técnico Alexandre Garcia, Karla Cardoso, Rebeca Silva e Lúcia Araújo perderam na semifinal para a Coréia e buscaram o bronze diante da Turquia. A equipe brasileira contou ainda com Giulia Santos, Maria Nubea Lins e Meg Emmerich.

Lúcia Araújo e Rebeca Silva brilharam e bateram as adversárias com autoridade. Com apenas 17 anos, Rebeca se mostra como a grande promessa do Judô Paralímpico Brasileiro dos próximos anos.

Já o Masculino venceu a Venezuela na estreia, porém perdeu para o Azerbaijão na segunda rodada e deu adeus as chances de medalhas.

O Brasil fecha o Mundial Paralímpico de Judô 2018 com três medalhas, duas de bronze e o ouro inédito e histórico com Alana Maldonado.

Foto: Rafal Burza

Por: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br) / Comunicação CBDV (gabrilamorim@hotmail.com)

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